sábado, 10 de dezembro de 2016

Fisiopatología da morte de Jesus Cristo

Médico legista americano Frederick Zugibe fez uma inédita autópsia de Cristo e explica, cientificamente, o que ocorreu em seu corpo durante o calvário





A paixão física de Jesus começou no getsêmani. Em Lucas diz: “E estando em agonia, Ele orou. E seu suor tornou-se em gotas de sangue, escorrendo pelo chão.”
Todos os estudos têm sido usados por escolas modernas para explicarem esta fase, aparentemente debaixo da impressão que isto não pode acontecer.
No entanto, pode-se conseguir muito consultando a literatura médica. Apesar de muito raro, o fenômeno de suor de sangue é bem documentado.
Debaixo de agonia profunda, finos capilares nas glândulas sudoríparas podem se romper, misturando assim o sangue com o suor. Este processo causa fraqueza e choque. Atenção médica é necessária para prevenir hipotermia.
Após a prisão no meio da noite, Jesus foi trazido ao sumo sacerdote, onde sofreu o primeiro trauma físico.
Jesus foi esbofeteado na face por um soldado, por manter-se em silêncio ao ser interrogado por Caifás.
Os soldados do palácio tamparam seus olhos e caçoaram d’Ele, pedindo para que identificasse quem O estava batendo, e esbofeteavam a Sua face.
De manhã cedo, Jesus surrado e com hematomas desidratado, e exausto por não dormir, foi levado a Jerusalém para ser chicoteado e então crucificado.
Os preparativos para as chicotadas são feitos: o prisioneiro é despido de Suas roupas, e Suas mãos amarradas a um poste, a cima de sua cabeça. É duvidoso se os Romanos seguiram as leis judaicas quanto as chibatadas.
Os judeus tinham lei antiga que proibia mais de 40 (quarenta) chibatadas. Os fariseus para terem certeza que esta lei não seria desobedecida, ordenava apenas 39 chibatadas para que não houvesse erro na contagem.

CHICOTE DUPLO.

O soldado romano dá um passo a frente com um chicote com várias pesadas tiras de couro com 2 (duas) pequenas bolas de chumbo amarradas nas pontas de cada tira.
O pesado chicote é batido com toda a força contra os ombros, costas e pernas de Jesus. Primeiramente as pesadas tiras de couro cortam apenas a pele. Então, conforme as chibatadas continuam, elas cortam os tecido debaixo da pele, rompendo os capilares e veias da pele, causando marcas de sangue, e finalmente, hemorragia arterial de vasos da musculatura.
As pequenas bolas de chumbo primeiramente produzem grandes, profundos hematomas, que se rompem com as subsequentes chibatadas. Finalmente, a pele das costas está pendurada em tiras e toda a área está uma irreconhecível massa de tecido ensagüentado. Quando é determinado, pelo centurião responsável, que o prisioneiro está a beira da morte, então o espancamento é encerrado.
Então, Jesus é desamarrado, e Lhe é permitido deitar-se no pavimento de pedra, molhado com Seu próprio sangue.
Os soldados Romanos vêm uma grande piada neste Judeu, que clamava ser o Rei. Eles atiram um manto sobre os Seus ombros e colocam um pau em as Suas mãos, como um cetro.

Eles ainda precisam de uma coroa para completar a cena.
uma coroa de espinhos foi cravada na cabeça de Jesus, causando sangramento no couro cabeludo, na face e na cabeça. Também nesse ponto do calvário, no entanto, interessa a explicação pela necropsia. O que essa coroa provocou no organismo de Cristo? Os espinhos atingiram ramos de nervos que provocam dores lancinantes quando são irritados. A medicina explica: é o caso do nervo trigêmeo, na parte frontal do crânio, e do grande ramo occipital, na parte de trás. As dores do trigêmeo são descritas como as mais difíceis de suportar – e há casos nos quais nem a morfina consegue amenizá-las.

Após caçoarem d’Ele, e baterem em Sua face, tiram o pau de Suas mãos e batem em Sua cabeça, fazendo com que os espinhos se aprofundem em Seu escalpo.
Finalmente, cansado de seu sádico esporte, o manto é retirado de Suas costas. O manto, por sua vez, já havia se aderido ao sangue e grudado, nas feridas, justo como em uma descuidada remoção de uma bandagem cirúrgica, causa dor cruciante…quase como se estivesse apanhado outra vez e as feridas, começam a sangrar outra vez.
A pesada barra horizontal da cruz é amarrada sobre Seus ombros, e a procissão do Cristo condenado, dois ladrões e os detalhes da execução dos soldados romanos, encabeçada por um centurião, começa a vagarosa jornada até o Gólgota.
Apesar do esforço de andar ereto, o peso da madeira somado ao choque produzido pela grande perda de sangue, é muito para Ele. Ele tropeça e cai. Lascas da madeira entram na pele dilacerada e nos músculos de Seus ombros.
Ele tenta se levantar, mas os músculos humanos já não suportam mais. O centurião, ansioso para a crucificação, escolhe um norte-africano, Simão, para carregar a cruz. Jesus segue ainda sangrando, suando frio e com choques. A jornada é então completada.
O prisioneiro é despido – exceto por um pedaço de pano que era permitido aos judeus.
A crucificação começa: a Jesus é oferecido vinho com mirra, uma mistura para aliviar a dor. Jesus se recusa a beber.
Simão é ordenado a colocar a barra no chão e Jesus é rapidamente jogado de costas, com Seus ombros contra a madeira. Os soldados procuram a depressão entre os ossos de Seu pulso.
Ele dirige um pesado, quadrado prego de ferro, através de Seu pulso para dentro da madeira. Rapidamente ele se move para outro lado e repete a mesma ação, tomando o cuidado de não pregar muito apertado, para possibilitar alguma reflexão e movimento.
A barra da cruz é então levantada, e sobre o topo, a inscrição onde se lê: “Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus”, é pregada.
O pé direito é pressionado contra o pé esquerdo, e com os pés esticados, os dedos para baixo, um prego é martelado atravessando os pés, deixando os joelhos levemente flexionados. A Vitima está agora crucificada.
À medida que Ele se abaixa, com o peso maior sobre os pregos dos pulsos, cruciante e terrível dor passa pelos dedos e braços, explodindo no cerébro – os pregos dos pulsos comprimem os nervos médicos. Conforme Ele se empurra para cima, a fim de aliviar o peso e a dor, Ele descarrega todo o Seu peso sobre o prego em Seus pés.
Oura vez, desencadeia a agonia do prego colocado entre os metatarsos se Seus pés.
EXPLICAÇÃO.
Neste ponto, outro fenômeno ocorre. Enquanto os braços se cansam, grande ondas de cãibras percorrem Seus músculos, causando intensa dor.
Com estas cãibras, vem a inabilidade de empurrar – Se para cima, Pendurado por Seus braços, os musculos peitorais ficam paralisados, e o músculos intercostais incapazes de agir.
O ar pode ser aspirado para os pulmões, mas não pode ser expirado. Jesus luta para se levantar a fim de tomar fôlego. Finalmente, dióxido de carbono é retirado nos pulmões e no sangue, e as cãibras diminuem.
Esporadicamente, Ele é capaz de se levantar e inspirar o oxigênio vital. Sem dúvida, foi durante este período que Jesus conseguiu falar as sentenças registradas:
Jesus olhando para os soldados romanos, lançando sorte sobre Suas veste, “Pai, perdoa-os, pois eles não sabem o que fazem.”
Em Lucas 23:34 a forma do verbo no presente continuo indica que Ele continuou dizendo isto. Ao lado do ladrão, Jesus disse: “Hoje você estará comigo no Paraíso.”
Jesus disse, olhando para baixo atemorizado e quebrantado adolescente João, “eis a Sua mãe” e olhando para Maria, Sua mãe disse: “eis aí o seu filho”.
O próximo clamor veio do início do salmo 22, “Meu Deus, meu Deus, por que me desamparaste?
Horas desta dor limitante, ciclos de contorção, cãibras nas juntas, asfixia parcial intermitente, intensa dor por causa da lascas enfiadas nos tecidos de Suas costas dilaceradas, conforme Ele se levanta contra o poste de cruz.
Então outra dor de agonia começa. Uma profunda dor no peito enquanto seu pericárdio se enche de um liquido que comprime o coração.
Agora está quase acabado – a perda de líquidos dos tecidos atinge um nível crítico – o coração comprimido se esforça para bombear o sangue grosso e pesado aos tecidos – os pulmões torturados tentam tomar pequenos golpes de ar.
Os tecidos, marcados pela desidratação, mandam estímulos para o cérebro.
Jesus suspira de sede. Uma esponja embebida em vinagre, vinho azedo, o qual era o resto da bebida dos soldados romanos, é levantada aos Seus lábios. Ele, aparentemente, não toma este líquido.
O corpo de Jesus chega ao extremo, e Ele pode sentir o calafrio da morte passando sobre Seu corpo. Este acontecimento traz as Suas próximas palavras – provavelmente, um pouco mais que um suspiro de tortura.

“ESTA CONSUMADO”.

Sua missão de sacrifico está completa. Finalmente, Ele permite o Seu corpo morrer.
Com uma última força, Ele mais uma vez pressiona o Seu peso sobre os pés contra o prego, estica as Suas pernas e toma profundo fôlego e grita Seu ultimo clamor: “PAI, EM TUAS MÃOS ENTREGO O MEU ESPÍRITO”.
Por causa da Páscoa, a tradição dizia que os réis ainda vivos, deveriam ser retirados da cruz e quebradas as suas pernas. No caso de Jesus isto era desnecessário.

CONCLUSÃO.


Aparentemente, para ter certeza da morte, um soldado traspassou sua lança entre o quinto espaço entre as costelas, enfiado para cima em direção ao pericárdio, até o coração. O verso 34 do capítulo 19 do evangelho de João diz: “E imediatamente verteu sangue e água.” isto era escape de fluído do saco que recobre o coração, e o sangue do interior do coração.
Nós, portanto, concluímos que nosso Senhor morreu, não de asfixia, mas de um enfarte de coração, causado por choque e constrição do coração por fluídos no pericárdio.

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